quinta-feira, 15 de abril de 2010

Parlamento debate hoje criação de Dia Nacional da Epilepsia

Lisboa, 15 abr (Lusa) - O Parlamento debate hoje a criação do Dia Nacional da Epilepsia proposto pela Associação de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia numa petição com 7843 assinaturas, para dar "maior visibilidade" à doença, que afeta 50 mil portugueses.

O Dia Nacional é "um motivo para falarmos um pouco de epilepsia", uma doença ainda desconhecida, disse à agência Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia (EPI).

"Existem vários níveis de epilepsia e a reação das pessoas também é diferente. Mas, de uma forma geral, existe um desconhecimento muito grande em relação às várias epilepsias, o que resulta, normalmente, também num grande estigma" na sociedade, adiantou Nelson Ruão.

Mas o estigma não é apenas na sociedade: "Há um isolamento criado pela própria pessoa que tem epilepsia, porque sabe que se tiver uma crise ou se disser alguém que tem essa doença a reação é no mínimo estranha", referiu.

Na petição, que deu entrada na Assembleia da República em 15 de outubro de 2009, os subscritores alegam que a epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns em Portugal.

No entanto, sublinham, "existe um profundo desconhecimento dos condicionantes da doença, pelo que seria urgente dar-lhe maior visibilidade e prestar informações adequadas e corretas sobre a doença".

Para os peticionários, a criação do Dia Nacional da Epilepsia permitirá alertar as entidades responsáveis para a "implementação de políticas de saúde pública, para o desenvolvimento de ações informativas aos vários profissionais de saúde".

A Assembleia da República debaterá ainda uma petição que solicita o reconhecimento da psoríase como uma doença crónica por parte do Serviço Nacional de Saúde.

No documento, os subscritores lembram que há 250 mil portugueses que sofrem de psoríase, uma doença que "não mata, nem é contagiosa, mas é para toda a vida".

Apesar da petição ir ser discutida, o Parlamento aprovou a 12 de março, em votação final global, o reconhecimento da psoríase como uma doença crónica, passando os medicamentos queratolíticos e antipsoriáticos a ser comparticipados pelo escalão máximo.

HN.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/fim

Sem comentários:

Enviar um comentário