quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ecologistas criticam Barack Obama por prospeção petrolífera em áreas marinhas protegidas

Washington, 31 mar (Lusa) - Ambientalistas criticaram hoje a decisão do presidente norte-americano, Barack Obama, de iniciar uma prospeção de petróleo e gás ao largo da zona costeira dos Estados Unidos.

Obama justificou a "difícil" decisão com a necessidade de assegurar a independência energética do país.

"Estamos muito dececionados por ver zonas tão importantes como a costa ártica ou atlântica abertas à perfuração petrolífera", declara, em comunicado, Michael Brune, diretor geral da Sierra Club, a mais importante organização americana de defesa do ambiente.

"O necessário é apostar em medidas para o desenvolvimento de fontes de energia verde, como os novos regulamentos sobre automóveis limpos, anunciados esta semana, e não em perfurações poluentes e caras", adianta.

A indústria petrolífera já tem acesso a milhões de hectares de terras e a águas federais, "não sendo necessário ceder as últimas zonas públicas costeiras protegidas para que as companhias tenham mais lucro", assinala Michael Brune, alertando para o impacto negativo da exploração petrolífera nos ursos polares e baleias.

Além disso, assegura o representante da Sierra Club, "furar as zonas costeiras não fará baixar os preços da gasolina nem reduzirá a dependência energética americana do estrangeiro".

Também para Phil Radford, diretor geral da organização ecologista Greenpeace, a decisão de Obama não fará mais do que "aumentar a dependência americana do petróleo, enquanto a China e a Alemanha estão em vias de ganhar a corrida às energias limpas".

A Greenpeace considera ainda que "estender a perfuração petrolífera às zonas protegidas ameaça os oceanos e as populações costeiras com marés negras".

HSF.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***

Lusa/fim

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