sábado, 15 de janeiro de 2011

João Paulo II vai ser beatificado

Reconhecido primeiro milagre do papa polaco. O processo foi rápido, mas foram observadas todas as regras, garante a Santa Sé

Bento XVI promulgou ontem o decreto em que se reconhece um milagre sucedido por intercessão de João Paulo II, tendo sido marcada a cerimónia de beatificação para o primeiro domingo após a Páscoa, 1 de Maio, que coincide este ano com o Dia do Trabalhador e com o Domingo da Divina Misericórdia, celebração instituída pelo papa polaco em 2000.

O próximo passo será a canonização quando for atribuído um segundo milagre a João Paulo II.

A cerimónia será presidida por Bento XVI e realiza-se na Basílica de São Pedro, em Roma. Na ocasião, o caixão de Karol Wojtyla será transferido da cripta para a basílica, onde permanecerá sob uma laje de mármore com a inscrição "Beatus Ioannes Paulus II".

Ao contrário do sucedido em 2000 com João XXIII, não se procederá nem à exumação nem à exposição dos restos mortais de João Paulo II, escrevia ontem no seu blogue o vaticanólogo de Il Giornale, Andrea Tornielli.

A beatificação sucede após a Congregação para as Causas dos Santos ter reconhecido como "milagrosa" a cura da irmã francesa Marie Simon-Pierre , hoje com 50 anos, afectada pela doença de Parkinson desde 2001, a mesma doença que marcou os últimos anos de vida de João Paulo II

Vírus da gripe A predominante em Portugal

Lisboa, 14 jan (Lusa) -- O vírus da gripe A é o predominante em Portugal, tendo sido identificado em 63 por cento dos casos analisados no âmbito da vigilância epidemiológica da síndrome gripal do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Portugal registou, na semana de 03 a 09 de janeiro, uma "atividade gripal moderada, com tendência crescente", lê-se na informação disponibilizada no site do INSA.

A mesma fonte indica que, dos 32 casos de gripe confirmados laboratorialmente, 63 por cento são Influenza A(H1N1)2009 e 37 por cento Influenza B/Vic.

Ministra considera adequado aumento das taxas de saúde públicas

A ministra da Saúde considera adequados os aumentos das taxas de saúde pública. Ana Jorge diz que estão em causa valores que eram demasiado baixos em comparação com outros países europeus.

Além de lembrar que esta é uma actualização igual a outras já feitas em Inglaterra, França ou Espanha, diz que se trata de uma medida que afecta somente uma pequena faixa da população que viaja para determinados países.

A ministra avançou um novo argumento para justificar o aumento das taxas: a quase gratuitidade da vacina da febre amarela (19 cêntimos) levava muitos barcos a fazer escala em Portugal.

Assim, quem for vacinar-se contra a febre amarela, a encefalite japonesa, a febre tifóide, a meningite tetravalente e a raiva vai ter de pagar uma taxa que pode custar 50 ou 100 euros e que actualmente é inferior a um euro.

Actualização defende gratuitidade do SNS
Em relação aos atestados que subiram de preço, a ministra adiantou que os aumentos das taxas são "adequados àquilo que é o valor do trabalho executado" para os obter, tratando-se de atestados cujo "único objectivo" passa por conseguir benefícios fiscais.

Os atestados médicos passados por uma autoridade de saúde ou por um profissional de saúde pública, que custavam menos de um euro, também passam a custar, a partir de segunda-feira, 20 euros e os chamados "atestados multiuso de incapacidade em junta médica" sobem para 50 euros. Já um "atestado em junta médica de recurso" passa a ter o preço de 100 euros.

"Aquilo que eu defendo é que algumas das medidas são feitas exactamente para que o Serviço Nacional de Saúde para os portugueses continue a ser como é, tendencialmente gratuito. Por isso, temos de o gerir bem e saber o que é que é possível e necessário", disse Ana Jorge, que falava aos jornalistas no Centro de Saúde da Amadora